segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Alguns pensamentos...

Oi pessoal, se tem algo que eu adoro é ler pensamentos e excertos que me fazem pensar a realidade, questionar, que fazem a gente sair do lugar comum. Compartilho alguns com vocês:


“A prisão não são as grades, e a liberdade não é a rua. Existem homens presos na rua e livres na prisão. É uma questão de consciência”. (Gandhi)

“Se você treme de indignação perante uma injustiça no mundo, então, somos companheiros”. (Ernesto Che Guevara)

“O que me surpreende na aplicação de uma educação realmente libertadora é o medo da liberdade”. (Paulo Freire)

“Nenhum povo é dono de seu destino se antes não é dono de sua cultura”. (José Martì)

“Quanto mais estudamos, mais descobrimos nossa ignorância”. (Shelley)

“Os fatos não deixam de existir simplesmente por serem ignorados”. (Aldous Husley)

“Quem elegeu a busca, não pode recusar a travessia”. (Guimarães Rosa)

“Ninguém educa ninguém, ninguém se educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”. (Paulo Freire)

 E então, gostaram? Deixem seus comentários!

Abraço,
Edna Telles

Dicas de livros sobre gênero e escola

Olá pessoal, segue abaixo dicas de livros ótimos que tratam do tema das relações de gênero e escola, são eles:

1) Como se ensina a ser menina: o sexismo na escola
Autora: Montserrat Moreno
Editora da Unicamp

2) Educar meninas e meninos: relações de gênero na escola
Autora: Daniela Auad
Editora contexto

3) Gênero, sexualidade e Educação: uma perspectiva pós-estruturalista
Autora: Guacira Lopes Louro
Editora Vozes

4) Avaliação escolar, gênero e raça
Autora: Marília Pinto de Carvalho
Editora Papirus

Todos eles nos ajudam a pensar a questão no cotidiano da escola. Espero que ajude.
Abraço,
Edna Telles

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Projeto UCA (um computador por aluno)

Olá pessoal, segue link de matéria na Carta Capital sobre o uso dos laptops educacionais na escola pública:
http://www.cartacapital.com.br/carta-na-escola/os-laptops-enfim-chegam-a-sala-de-aula

ou clique aqui e acesse.

Edna Telles

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Relações de gênero na escola: intervenções docentes

Um grande amigo meu, o professor Jorge Ferreira Franco, sugeriu que eu escrevesse sobre algumas ações que poderiam ser feitas na escola pela equidade de gênero, já que dedico a estudar esse tema há alguns anos. Achei a ideía excelente e agora publico algumas intervenções que o/a docente poderá incorporar à sua prática. São elas:


·                   Ter a sensibilidade/percepção de encorajar meninas e meninos a não esconder suas capacidades.
·                   Conversar sobre as várias opções de engajamento profissional independente do sexo, questionando estereótipos, mostrando por exemplo, mulheres engenheiras, executivas, cirurgiãs,  motoristas de ônibus, Presidente da República!!! Homens bailarinos, educadores de creche, enfermeiros, entre outros.
·                   Incentivar o desenvolvimento de atividades de liderança tanto em meninos quanto em meninas, intervir na distribuição das tarefas. Na rádio da escola, por exemplo, intervir para que todos/as participem tanto da produção escrita do programa, quanto de toda a parte técnica, de conhecimento dos equipamentos.
·                   Incentivar tanto meninas quanto meninos a desenvolver habilidades para falar em público, expressar suas opiniões (gêneros orais: debates, seminários, etc)
·                   Construir, com exemplos múltiplos, imagens positivas de mulheres e homens (não só de homens): diversificar os modelos, ir além dos paradigmas dominantes
·                   Conversar e aprimorar debates sobre o que é preconceito de gênero (como acontece, onde e como aparece)
·                   Desencorajar qualquer ato de violência (física e simbólica) contra meninas e meninos
·                   Incentivar grupos mistos   X  competições entre meninos e meninas
·                   Não fazer comentários e piadas racistas, sexistas ou que expressem preconceito de classe, etc...
·                   Destacar o sucesso de mulheres e meninas da mesma maneira que de homens e meninos
·                   Incluir nas aulas discussões sobre gênero, poder e sexualidade
·                   Utilizar leituras de textos escritos por mulheres e comentar sua biografia
·                   Incentivar igualmente o envolvimento de meninas e meninos em atividades de ciências e matemática
·                   Não dividir as filas somente em fila de meninos e filas de meninas (propor outras formas)
·                   Misturar meninos e meninas na distribuição dos lugares em sala de aula
·                   Estimular brincadeiras e trabalhos em grupo (diversidade na gestão das atividades), não permitindo “clube do Bolinha” e da “Luluzinha”
·                   Incentivar o cuidado com as pessoas independente do sexo de quem cuida
·                   Conversar a respeito da importância em dividir as tarefas domésticas
·                   Deixar que as crianças brinquem livremente com os brinquedos (sem separar brinquedos de meninas  X  brinquedos de meninos)
·                   Observar como se constroem hierarquias entre as crianças baseadas em preconceitos de classe, raça/etnia, gênero, religião, idade. É uma discussão que precisa ser contínua
·                   Mostrar heroínas mulheres, mulheres negras, etc...
·                   Questionar – junto às alunas e alunos – os modelos que aparecem na mídia (jornais, revistas, TV, etc...)
·                   Desconstruir estereótipos
·                   Estar atenta/o para situações aparentemente corriqueiras (xingamentos, piadinhas, distribuição de jornal na classe)
·                   Escolher livros didáticos que não incentivem o preconceito de gênero (atenção para o conteúdo, linguagem, imagens)
·                   Conversar como grupo de professoras e professores sobre o preconceito de gênero

Essas são apenas algumas sugestões, em breve publicarei uma experiência de intervenção muito interessante a respeito dos brinquedos nas séries iniciais.